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Logística

Electrolux vai automatizar planta fabril em Curitiba

Verticalização de estoques impulsionou produtividade e promoveu redução de 38% nos custos

27/09/2022 15h20

Foto: Divulgação

A Electrolux firmou parceria com a viastore Systems, multinacional alemã focada em sistemas para armazéns e intralogística, para automatizar as áreas de movimentação e armazenagem da planta fabril em Curitiba (PR). O projeto fez parte de um processo de reengenharia global da marca de eletrodomésticos.

No início do projeto, foi avaliada a locação de um armazém externo para matéria-prima e o aumento do pé-direito do armazém existente. Entretanto, a melhor solução encontrada, em termos de custo-benefício e técnico, foi um armazém automatizado.

“A escolha pelo projeto da viastore se deu pelo melhor prazo de entrega e alinhamento técnico com as diretrizes de nossa empresa. Recebemos um layout que objetivou customizar o espaço físico, ao combinar o miniload com o unitload de frente um para o outro”, explicou João Nilton Costa, gerente de Logística Inbound da Electrolux.

O novo armazém da Electrolux está instalado em uma área de 4 mil m2, é autoportante e tem duas alturas, 35 metros, com capacidade para 6.720 paletes, e outro de 14 metros, com capacidade para 17,6 mil caixas. No armazém de carga paletizada operam quatro transelevadores, dois com simples profundidade e dois com dupla profundidade; e no armazém de caixas, operam cinco miniloads de dupla profundidade, com diferencial de ter um dispositivo de manuseio de carga “Multigripper”, que permite manusear caixas de diferentes tamanhos e tipos de material.

A planta da Electrolux também foi equipada com dois sistemas transportadores. Um para caixas, que pode fazer a conferência dimensional e compara com o registro de tamanho do produto, permitindo ao miniload se ajustar para fazer a armazenagem. Um sistema transportador de paletes, que usa tecnologia de roletes e correntes, tem sistema de pesagem e dimensões dos paletes, divididos em duas classes de pesos, o que levou a estrutura de armazenagem a ter duas classes de armazenagem, para paletes de até 1,2 mil kg e 600 kg.

“Conseguimos reduzir em 38% nossos custos logísticos otimizando rotas, eliminando ineficiências e padronizando processos. A automatização permitiu o gerenciamento visual dos dados, proporcionando decisões mais rápidas e assertivas para o negócio”, revelou Costa.

De acordo com o executivo, o sistema permitiu a centralização da matéria-prima, o que aumentou a acuracidade dos estoques, garantiu abastecimento das linhas de montagem, reduziu a quantidade de rotas de abastecimento e recursos para armazenamento e separação. Além disso, proporcionou sustentabilidade à operação, permitindo um processo padronizado e sincronizado que gera robustez de armazenagem e abastecimento, além da gestão visual com os dados on time de movimentos das máquinas.

“Quando falamos de eficiência, estamos falando de sustentabilidade, pois o que nos permite fazer mais em menos tempo, poupando diversos recursos, como energia e pessoas, só pode ser suportado por um sistema ambientalmente responsável,” enfatiza João Nilton Costa.

A gestão de todo armazém da Electrolux é feita pela versão mais completa do WMS viadat da viastore: software WCS, que faz a gestão de todo o armazém automatizado e a integração dele com outros sistemas da Electrolux; o viadat MFS (material flow system) para gerenciamento de fluxo de materiais no processo de armazenagem, ao longo dos transportadores; e o viadat PLC, para controle de todos os sistemas de hardware, garantindo que os dispositivos funcionem da forma correta quando acionados.

O software viadat VISU é responsável pela supervisão de toda a operação do armazém automatizado. Ele consegue detectar falhas e gerenciá-las, habilitar e desabilitar áreas, identificar o acionamento de dispositivos de segurança.

João Nilton Costa ressaltou que a Electrolux está focada em ter uma gestão digital por meio de uma torre de controle em todos os processos logísticos Inbound, com as informações geradas pelo armazém automático, além do controle de rotas de abastecimento de linha, que só será possível pela separação automática sincronizada. “Toda a automatização realizada será fundamental para a concretização desse plano,” conclui.