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Transporte Aquaviário

Escalas de navios porta-contêineres no Brasil registram queda

Nos primeiros quatro meses do ano, 2.246 chegadas foram registradas; 2.491 no mesmo período de 2021

24/05/2022 10h09

Foto: Divulgação

As escalas de navios porta-contêineres nos portos brasileiros caíram 16,05% em abril de 2022 em relação ao mesmo mês de 2021. No total, foram registrados 528 desembarques em abril ante 629 em abril de 2021. O Porto de Santos, por outro lado, registrou 9,81 % de queda no número de desembarques, informou Datamar.

Nos primeiros quatro meses do ano, foram registradas 2.246 escalas de navios porta-contêineres ante 2.491 de janeiro a abril de 2021, marcando uma queda de 9,8%.

De acordo com Flávia Takafashi, diretora da Agência Nacional de Transportes Fluviais, a diminuição no número de chegadas de navios reflete o atraso no número de navios que transportam produtos dentro e fora do Brasil. Este problema deve-se às longas filas de navios nos principais portos internacionais. "O atraso dos navios é um problema que começou com a falta de contêineres, que já não é tão relevante para o mercado brasileiro", enfatiza, explicando ainda que, embora o Brasil tenha registrado falta de contêineres, o fenômeno aqui foi menos intenso do que em outros países.

Acrescenta que, com o aumento dos desvios portuários, as cargas que deveriam ser expedidas não são transportadas de todo, "ficando depois armazenadas até a próxima escala do navio. No entanto, existe sempre o risco de o porto ser desviado novamente, visto que o problema se tornou recorrente", afirma, comentando que essa situação leva ao acúmulo de carga, dificultando o recebimento de novos produtos.

Luiz Fernando García, diretor-geral da Portos do Paraná, explicou que as omissões portuárias vêm ocorrendo desde o ano passado. Segundo ele, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), registrou 131 em 2021, quase um a cada três dias. O número é cerca de dez vezes superior à média de omissões entre 2017 e 2019 e quatro vezes superior ao ano anterior.

Para evitar maiores transtornos, a Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq) criou, em outubro de 2021, um grupo de trabalho para avaliar questões relacionadas à movimentação de contêineres nos portos brasileiros. A ideia é promover maior previsibilidade operacional por parte dos armadores.

Outra das medidas adotadas foi a alteração do sistema de monitoramento do órgão para que as omissões, a partir de janeiro de 2022, passem a ser devidamente informadas e contabilizadas no banco de dados da Antaq para maior controle.

Fonte: Mundo Marítimo