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Transporte Aéreo

Gol encerra operações em Fernando de Noronha

Por causa de restrição, a aérea ficou impossibilitada de realizar seus voos regulares para o arquipélago

19/03/2023 07h54

Foto: Divulgação 

A Gol Linhas Aéreas fechou a base de Fernando de Noronha e demitiu os cinco funcionários que ainda trabalhavam na ilha. A companhia não opera no arquipélago desde outubro do ano passado, quando a Agência de Aviação Civil (Anac) publicou uma medida cautelar proibindo as operações de aeronaves à reação no aeroporto.

A medida preventiva foi adotada em razão das condições operacionais da pista, que apresenta degradação de trechos do asfalto, impossibilitando pousos e decolagens de aeronaves turbojato.

Segundo a Anac, desde 2019 as irregularidades na pista são registradas. Um plano de recuperação foi apresentado, mas até setembro de 2022, o operador do aeródromo ainda não havia realizado a restauração do pavimento, apenas intervenções paliativas.

Os serviços de revitalização da pista do aeroporto de Fernando de Noronha são de responsabilidade do governo estadual. No ano passado, a gestão anterior informou que as obras seriam executadas no prazo de até um ano, com previsão de entrega no último trimestre de 2023.

Com a restrição, a Gol ficou impossibilitada de realizar seus voos regulares para o arquipélago pernambucano, já que sua frota é composta exclusivamente por aeronaves turbojato Boeing 737.

Na data da publicação da normativa, a Gol comunicou que só retornaria suas operações após a conclusão das obras e consequente autorização da agência reguladora, que garantiriam a segurança de seus passageiros, tripulantes e operações aéreas.

Sem operação com aeronaves próprias, a companhia atende a ilha por meio da parceria com a Voepass, que serve a ilha desde o último mês de janeiro. Os voos com origem em Recife são realizados duas vezes por dia com os ATR 72 configurados para até 68 passageiros.

Além da Voepass, a Azul também disponibiliza a ligação direta entre Fernando de Noronha e a capital pernambucana. A companhia oferece seis frequências diárias entre Recife e o arquipélago. O serviço é operado com aeronaves ATR 72-600.

A Azul foi outra empresa afetada pelos problemas identificados na pista principal do aeródromo de Fernando de Noronha, já que os voos para Recife e a nova rota para Congonhas, em São Paulo, eram realizadas com aviões da Embraer, incluindo a mais recente versão da família E-jet, o E195-E2.

Até a presente data, nenhuma intervenção necessária foi concluída para a segurança das operações com aeronaves turbofan em Fernando de Noronha.