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Sustentabilidade

Iata aprova resolução para zerar emissão de carbono até 2050

Este compromisso está alinhado ao objetivo do Acordo de Paris de que o aquecimento global não deve exceder 1,5°C

05/10/2021 17h39

Foto: Divulgação

A 77ª Assembleia Geral Anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) aprovou, nesta terça-feira (5), uma resolução para que o setor de transporte aéreo global atinja zero emissão de carbono até 2050. Este compromisso está alinhado ao objetivo do Acordo de Paris de que o aquecimento global não deve exceder 1,5°C.
"As companhias aéreas do mundo inteiro tomaram uma decisão importante para garantir que voar seja uma atividade sustentável. A reconexão pós-covid-19 está em um caminho claro rumo à zero emissão líquida. Isso vai garantir a liberdade das gerações futuras de explorar, aprender, comercializar, construir mercados, valorizar culturas e conectar-se com pessoas de todo o mundo de forma sustentável. Com os esforços coletivos de toda a cadeia de valor e políticas governamentais de apoio, a aviação alcançará zero emissão líquida até 2050", disse o diretor-geral da entidade, Willie Walsh.

O setor da aviação deve reduzir progressivamente suas emissões enquanto atende à crescente demanda das pessoas que querem voar novamente.

Para atender aos dez bilhões de pessoas que devem voar em 2050, precisa ocorrer a redução de pelo menos 1,8 gigatonelada de carbono nesse mesmo ano. Além disso, o compromisso de atingir zero emissão líquida implica que um total acumulado de 21,2 gigatoneladas de carbono será eliminado até 2050.

A estratégia é reduzir a emissão de CO2 o máximo possível das soluções do setor, como combustíveis de aviação sustentáveis, novas tecnologias de aeronaves, operações e infraestrutura mais eficientes e o desenvolvimento de novas fontes de energia com emissão zero, como energia elétrica e a partir do hidrogênio. As emissões que não podem ser eliminadas na fonte serão eliminadas por meio de opções fora do setor, como captura e armazenamento de carbono e esquemas de compensação confiáveis.

"A escala do setor em 2050 exigirá a redução de 1,8 gigatonelada de carbono. Um cenário provável é que 65% disso será reduzido por meio de combustíveis de aviação sustentáveis. Esperamos que uma nova tecnologia de propulsão, como o hidrogênio, elimine outros 13%. E as melhorias de eficiência serão responsáveis pela redução de mais 3%. O restante poderia ser resolvido por meio de captura e armazenamento de carbono (11%) e compensações (8%)", afirma Walsh.

O diretor-geral ainda afirma que a divisão real e a trajetória para chegar lá dependem de quais soluções são mais econômicas em um certo momento, mas, segundo ele, a única maneira de realizar este plano com sucesso será com a cadeia de valor e os governos cumprindo seu papel.