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Logística

Ibama define ações para rastrear produtos perigosos em Santos

Decisão foi tomada após uma explosão na região portuária de Beirute

16/08/2020 15h57

Foto: Divulgação

O Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reuniu técnicos de todo o País e especialistas em produtos químicos para definir as estratégias que serão usadas em uma operação para rastrear os produtos perigosos no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. As ações estão previstas para começarem na segunda quinzena de setembro. A decisão de realizar a operação foi tomada após uma explosão na região portuária de Beirute, no Líbano, que causou mais de 100 mortes e deixou milhares de feridos.

Causada possivelmente por nitrato de amônio, a explosão no Porto de Beirute acendeu um alerta na Baixada Santista, que também conta com grandes quantidades do produto. A substância é um dos principais fertilizantes utilizados na agricultura. Somente em 2019, o cais santista recebeu 5,5 milhões de toneladas de fertilizantes.

A agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região, diz que é o momento das autoridades se unirem para fazerem uma varredura do que realmente está acontecendo no Porto de Santos. Essa operação de prevenção será essencial para evitar acidentes no maior porto do Brasil.

Na quinta-feira (13), Ana Angélica se reuniu com as equipes de fiscalização e com especialistas em produtos químicos e em atendimento de emergências. Segundo ela, o resultado foi positivo e mais dois encontros com autoridades federais, estaduais e locais serão realizados para verificar quem se interessa em colaborar com a operação.

"Nós começamos a traçar um plano de ação. Já fazemos essa prevenção há algum tempo, mas agora vamos colocar mais força, fazer em todos os terminais do cais santista. Serão, no mínimo, 15 dias de operação. O Ibama irá verificar a situação de cada terminal e as cargas abandonadas para mapear como estão armazenados esses produtos perigosos. Queremos saber como essas cargas estão sendo fiscalizadas, pois podem colocar a região em risco".

Caso o Ibama identifique que não estão sendo feitas as ações necessárias para o controle deste tipo de material, serão tomadas as medidas cabíveis, que já foram definidas. Porém, a coordenadora disse que prefere manter as medidas em sigilo, por enquanto.

Fonte: G1