29/01/2025 09h42
Foto: Divulgação
A preocupação da indústria com o câmbio saltou entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2024, segundo a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o levantamento, nos últimos três meses do ano, 29,3% dos empresários do setor apontavam a deterioração do valor do real como um ponto de atenção, ante 14% no período anterior.
“Como boa parte dos insumos usados pela indústria brasileira é importada, a desvalorização do real afeta diretamente os custos das empresas. Não à toa, isso fez a preocupação com o câmbio subir de 8º para 2º lugar na lista dos principais problemas”, diz Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
O dólar encerrou 2024 em alta de 27,3%, cotado no valor recorde de R$ 6,18. A moeda brasileira teve o pior desempenho desde 2020 e registrou a maior desvalorização do ano.
O câmbio teve sua maior deterioração nos últimos dias de novembro e ao longo de dezembro, após o anúncio de uma série de medidas fiscais pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
À época, além de o pacote ter sido apontado como insuficiente para estabilizar a dívida pública, a avaliação foi de que o governo errou ao anunciar uma proposta de isenção do Imposto de Renda para contribuintes que ganham até R$ 5 mil em paralelo ao esforço de contenção. O Executivo voltou atrás e adiou a discussão sobre a reforma da renda.
Até o momento, o dólar acumula queda de 4,2% em 2024.
Perspectivas
Porém, a carga tributária sob a indústria ainda é a preocupação que chama atenção da maior quantidade de empresários (30,6%).
Fechando o pódio, atrás do dólar, vem os juros, preocupando 25% do setor. Em sua última reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, Selic, ao patamar de 12,25%. A autoridade monetária ainda sinalizou que deve levar os juros a 14,25% até março.
O levantamento ainda aponta que o índice de satisfação dos empresários com a própria situação financeira recuou 0,8 ponto, a 50,9 pontos. Apesar de ainda positiva, a avaliação do setor se aproxima da linha divisória dos 50 pontos.
Fechando o pódio, atrás do dólar, vem os juros, preocupando 25% do setor. Em sua última reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, Selic, ao patamar de 12,25%. A autoridade monetária ainda sinalizou que deve levar os juros a 14,25% até março.
O levantamento ainda aponta que o índice de satisfação dos empresários com a própria situação financeira recuou 0,8 ponto, a 50,9 pontos. Apesar de ainda positiva, a avaliação do setor se aproxima da linha divisória dos 50 pontos.
Fonte: CNN