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Gestão Pública

Insegurança alimentar no Brasil cai 30%

Estudo do Instituto Fome Zero (IFZ) mostra que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país

13/03/2024 14h47

Foto: Foto Roberta Aline - MDS

Estudo do Instituto Fome Zero (IFZ) mostra que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil e 20 milhões de pessoas deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada em 2023. Isso representa uma redução de 30% da insegurança alimentar total (grave + moderada) no país.

O estudo, solicitado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome ao IFZ, estimou o impacto do aumento do salário mínimo e dos repasses do Programa Bolsa Família sobre a população brasileira no primeiro ano do governo Lula, comparando microdados da PNAD do primeiro trimestre de 2022 com os do último trimestre de 2023.

O resultado mostrou uma diminuição de 20 milhões de pessoas que sofriam de insegurança alimentar grave e/ou moderada e uma redução de oito milhões no número de pessoas com insegurança alimentar grave em apenas um ano de governo Lula.

Isso representa uma redução da insegurança alimentar no Brasil de 30%. O nível de insegurança alimentar grave voltou aos patamares de 2020, antes da pandemia.

"Saímos de 33 milhões de pessoas no Mapa da Fome em 2022 para 20 milhões em 2023. Embora ainda haja um longo caminho pela frente, o acerto das medidas de aumento do valor do salário mínimo e dos repasses do Programa Bolsa Família, bem como a redução da inflação dos alimentos, demonstram que estamos no caminho certo para retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome", afirmou José Graziano, diretor-geral do IFZ.

Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome, Wellington Dias, a retomada do Programa Bolsa Família foi fundamental para que esses resultados fossem alcançados. "O Bolsa Família não é só transferência de renda, é uma política de vida", enfatizou. "Com o novo Bolsa Família, há o modelo de transferência de renda, mas levando em conta o tamanho da família e a sua composição, onde há crianças, o valor per capita é maior. Consequentemente, as pessoas estão conseguindo voltar a ter acesso ao alimento de qualidade", completou.

Um conjunto de ações de aumento de renda e de proteção social, além do incentivo à produção e ao consumo de alimentos adequados e saudáveis tem um grande potencial de transformar a realidade brasileira, segundo Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS.

"A gente está em um momento de tendência de queda do número de pessoas que estão passando fome, pelas várias medidas que o governo tem adotado. O Plano Brasil Sem Fome organiza e integra ações do Governo Federal no combate à fome e também na erradicação da pobreza", disse Valéria Burity, ressaltando a estratégia lançada no ano passado, que integra 80 ações e programas dos 24 ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).

"Temos ações para garantir o aumento da renda disponível, a inclusão ao sistema de proteção social... Estamos falando do aumento do salário mínimo, da política de valorização do salário mínimo, a retomada do cofinanciamento da assistência social, do processo de busca ativa para incluir no Cadastro Único as pessoas que precisam estar nele", completou a secretária do MDS.

A estimativa feita pelo IFZ, a partir de modelos matemáticos, procurou sanar a atual carência de informações existentes sobre os níveis atuais de insegurança alimentar e nutricional da população brasileira.

Segundo o Instituto, uma nova aferição específica será possível através da aplicação da EBIA pelo IBGE em escala nacional numa das suas pesquisas regulares, o que deverá acontecer ainda no primeiro semestre deste ano.