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Economia

IPCA avança 0,12% em julho, diz IBGE

No ano, inflação acumulada é de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%

11/08/2023 13h26

Foto: Divulgação

Após registrar deflação de 0,08% em junho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — índice oficial da inflação do país — inverteu o sinal e registrou alta de 0,12% em julho. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%. O dado é do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).

Junho teve o primeiro IPCA negativo em 2023, deflação desde a medição de setembro de 2022, quando marcou 0,29%. A deflação daquele mês foi a menor variação para meses de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. A deflação de junho, porém, continua longe dos -0,68% de julho de 2022, a menor taxa desde 1980.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Com o resultado de junho, a inflação de 12 meses se aproxima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2023, a meta de inflação é de 3,25%, definida em junho de 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Assim, para ficar dentro da meta o IPCA pode ficar entre 1,75% e 4,75%.

O mercado espera que o IPCA encerre 2023 em 4,84%, segundo o último Boletim Focus do Banco Central (BC).

Comportamento dos preços

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho. O grupo Transportes apresentou o maior impacto (0,31 ponto) e a maior variação (1,50%).

No lado das quedas, destacam-se os grupos Habitação (-1,01% e -0,16 ponto) e Alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 ponto).

Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de Vestuário; 0% de Comunicação; 0,04% de Artigos de residência; 0,13% de Educação; 0,26% de Saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de Despesas pessoais.

A gasolina, subitem de maior peso individual no índice (4,79%), foi o produto que mais impactou no resultado de julho, com uma variação de 4,75% e contribuição de 0,23 ponto.

Em junho, ela havia apresentado queda de 1,14%.

Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

Pelo lado das quedas, no grupo Habitação (-1,01%), a energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso do mês (-0,16 ponto). “O resultado foi por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado integralmente nas faturas emitidas no mês de julho”, explica Almeida.

Já a queda no grupo Alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho (-1,07%). Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%).