04/04/2025 07h33
Foto: Mercovia - Divulgação
O leilão de concessão da ponte da Ponte Internacional de São Borja, que liga São Borja (RS), no Brasil, a Santo Tomé, na Argentina, não atraiu propostas e precisará ser suspenso pela segunda vez. O edital previa a entrega de envelopes das partes interessadas durante a tarde de quinta-feira (3), um dia antes da disputa pública marcada para esta sexta-feira (4). O evento seria realizado pela B3 e o Ministério dos Transportes em Foz do Iguaçu (PR).
Inicialmente, o leilão para a troca da gestora atual estava previsto para 31 de janeiro, mas acabou suspenso por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme a representação acatada no TCU, havia dúvidas sobre requisitos de habilitação do edital e o cumprimento de etapas obrigatórias. Após ajustes, foi retomado.
Como não recebeu propostas, o projeto deve passar por análise para que volte a ser oferecido ao mercado. A versão atual prevê US$ 99 milhões em investimentos no trecho, que concentra cerca de 23% das operações comerciais entre os dois países e 39,98% das relações comerciais entre Brasil e Chile.
O prazo da concessão será de 25 anos e a empresa vencedora será responsável por realizar um conjunto de intervenções para recompor e aprimorar as características técnicas e operacionais das estruturas físicas da ponte.
A Ponte Internacional faz a ligação rodoviária entre Brasil e Argentina e possui 1,42 quilômetros de extensão. O acesso rodoviário pelo lado Brasileiro tem início no entroncamento com a Rodovia BR‐285 (Avenida dos Imigrantes), incluindo dispositivo e alças de acesso existente no local, e estende‐se até o início da Ponte, com 6,60 quilômetros de extensão.
Por sua vez, o acesso pelo lado argentino inicia-se no entroncamento com a Ruta Nacional, nº 14, incluindo dispositivo e suas alças de acesso, e estende‐se por 7,61 quilômetros até o início da Ponte.
A Ponte Internacional de São Borja é fruto de um acordo binacional assinado em 1989. O trecho concentra cerca de 23% das operações comerciais entre os dois países e 39,98% das relações comerciais entre Brasil e Chile.