Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Sustentabilidade

Líderes indígenas querem nova meta para proteger Amazônia

No Brasil, que tem 60% do bioma, o desmatamento aumentou desde 2019

06/09/2021 11h27

Foto: Christian Braga - Greenpeace

Grupos indígenas convocaram líderes mundiais a apoiarem uma nova meta para proteger 80% da bacia amazônica até 2025, dizendo que são necessárias medidas ousadas para deter o desmatamento que está levando a maior floresta tropical do planeta a um ponto sem volta.

Os representantes da Amazônia lançaram campanha em uma conferência de nove dias em Marselha, onde milhares de funcionários, cientistas e ativistas buscam firmar a base para as rodadas de conversas da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre biodiversidade na cidade chinesa de Kunming no próximo ano.

“Convidamos a comunidade global a se unir conosco para reverter a destruição de nossa casa, e assim salvaguardar o futuro do planeta”, disse José Gregorio Díaz Mirabal, coordenador principal da Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), que representa os grupos em nove países da bacia.

Pouco menos de 50% da bacia do Amazonas se encontra atualmente sob algum tipo de proteção oficial ou administração indígena, segundo uma pesquisa publicada no ano passado. Mas a pressão vinda de setores como a pecuária, mineração e exploração petrolífera está aumentando. 

No Brasil, que tem 60% do bioma, o desmatamento aumentou desde 2019, alcançando um máximo de mais de uma década no ano passado. 

A bacia do Amazonas perdeu em sua totalidade 18% de sua cobertura florestal original, enquanto outros 17% foram degradados, segundo um estudo publicado no mês de julho pelo Painel de Ciências para a Amazônia, baseado em uma pesquisa de 200 cientistas. 

Se o desmatamento alcançar a faixa dos 20 a 25%, isso pode iniciar um processo em que a Amazônia irá secar e se converter aos poucos em uma savana, segundo o pesquisador brasileiro Carlos Nobre.

Fonte: Reuters