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Transporte Aéreo

Mais de 7 mil voos cancelados no fim de semana do Natal

Principal causa alegada pelas companhias aéreas é a disseminação da variante Ômicron

27/12/2021 11h30

Foto: Divulgação

Mais de 7.000 voos foram cancelados em todo o mundo durante o fim de semana prolongado de Natal devido à propagação acelerada da variante Ômicron, que afeta em particular as tripulações das companhias aéreas. Os dados são da plataforma Flight Aware, que monitora voos em todo o mundo.

A Europa é atualmente a região que registra mais casos, com mais de 3 milhões nos últimos sete dias, 57% do total mundial, assim como a maior quantidade de mortes, seguida por Estados Unidos e Canadá (1,4 milhão de novos contágios).

A França superou a marca de 100.000 novos casos de covid-19 em 24 horas no sábado de Natal, um número sem precedentes. O governo avaliará a situação em uma reunião na nesta segunda-feira (27).

O relatório mais recente do site Flightaware informa quase 2.200 cancelamentos de voos no domingo (26), incluindo mais de 570 relacionados com os Estados Unidos - viagens internacionais ou domésticas.

No sábado (25), o mesmo site registrou quase 2.800 cancelamentos de voos, 970 relacionados aos Estados Unidos. Na sexta-feira (25) os cancelamentos se aproximaram de 2.400, além de 11.000 voos adiados, segundo o Flightaware.

Quarentena de pilotos

Muitas companhias aéreas foram obrigadas a deixar pilotos, comissários de bordo e outros funcionários em quarentena, depois que os trabalhadores foram expostos à covid-19. As empresas Lufthansa, Delta e United Airlines cancelaram diversos voos.

De acordo com o Flightaware, a United Airlines teve que cancelar 439 voos na sexta-feira (24) e sábado (25), quase 10% das viagens programadas.

"O pico de casos de Ômicron em todo país nesta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações", afirmou a empresa americana em comunicado, no qual afirma que busca soluções para os passageiros afetados.

A Delta Air Lines cancelou 310 voos no sábado e 170 na sexta-feira, também de acordo com o Flightaware, que menciona a Ômicron como o principal motivo dos cancelamentos e, em menor medida, as condições climáticas adversas.

Clima agrava problema

"As equipes da Delta esgotaram todas as opções e recursos antes de definir os cancelamentos", afirmou a empresa. Na região oeste dos Estados Unidos a meteorologia prevê tempestades de neve e queda expressiva das temperaturas, o que complicará ainda mais uma situação já caótica.

"Condições de frio anormais e um fluxo de umidade do Pacífico resultarão em períodos prolongados de nevascas e chuvas", afirmou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) dos Estados Unidos.

Os cancelamentos representam um duro golpe para a tão aguardada retomada das viagens nas festas de fim de ano, depois do Natal de 2020 que foi muito afetado pela pandemia.

Nos Estados Unidos, de acordo com estimativas da Associação Automobilística Americana (AAA), mais de 109 milhões de americanos deveriam deixar sua área de residência de avião, trem ou carro entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, um aumento de 34% em relação ao ano passado.

No Brasil, de acordo com dados da Infraero, houve cinco voos cancelados na véspera de Natal: quatro da empresa Azul e um da Latam. A primeira companhia negou que a pandemia fosse o motivo para os cancelamentos. Já assessoria da Latam confirmou um cancelamento, e declarou que só foram detectados atrasos em decorrência do alto fluxo de passageiros na data.

A pandemia de covid-19 já provocou 5,3 milhões de mortes no mundo desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou o surgimento da doença no fim de dezembro de 2019 na China.

Fonte: O Globo