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Logística

Mercado de galpões atinge mais de 1,1 milhão de m² absorvidos

A taxa de vacância nacional recuou para 7,98%, sinalizando equilíbrio entre oferta e demanda

29/10/2025 11h32

Foto: Divulgação

Apesar do cenário econômico de juros elevados e do crescimento moderado do PIB, o mercado brasileiro de galpões logísticos de alto padrão segue em trajetória de expansão e estabilidade. De acordo com o “Market Beat Industrial” do 3º trimestre de 2025, divulgado pela Cushman & Wakefield, foram absorvidos 380,5 mil m² de áreas no período, totalizando 1,18 milhão de m² no acumulado do ano, pelo saldo entre entradas e saídas.

A taxa de vacância nacional recuou para 7,98%, sinalizando equilíbrio entre oferta e demanda e absorção acima do volume de novas entregas (201,9 mil m²). Já o preço médio pedido registrou uma leve alta, atingindo R$ 26,96/m², reflexo da valorização em regiões de alta demanda, como São Paulo (R$ 29,01/m²) e Minas Gerais (R$ 26,70/m²).

“Mesmo com a Selic em 15% e o crédito mais restrito, a busca por ativos logísticos modernos e estrategicamente localizados se mantém firme. O movimento reforça a consolidação do setor como um dos mais resilientes do mercado imobiliário brasileiro”, destacou o head de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield, Dennys Andrade.

Sudeste lidera demanda de galpões logísticos

A região Sudeste mantém a hegemonia, concentrando a maior parte das operações. São Paulo respondeu sozinho por 261,5 mil m² de absorção líquida, mais da metade do volume nacional, seguido por Minas Gerais (81,6 mil m²). Já o Rio de Janeiro registrou absorção negativa, impactado pela devolução de áreas na região de Resende.

No estado de São Paulo, a vacância fechou em 8,71%, acompanhada por um aumento de 1,4% nos preços pedidos em relação ao período anterior. Regiões como Cajamar (R$ 33,62/m²), Guarulhos (R$ 35,45/m²) e Capital-SP (R$ 36,48/m²) seguem como as mais caras do país, evidenciando a força dos hubs logísticos premium.

Comércio e varejo impulsionam o setor

O setor de comércio, atacado e varejo liderou a ocupação do trimestre no país, com 200,6 mil m² locados, seguido pelos operadores logísticos (116 mil m²). Grandes players do varejo online e farmacêutico seguem impulsionando o mercado.

As principais entregas do trimestre ocorreram em São Paulo, com destaque para Ribeirão Preto (48 mil m²) e Campinas (39 mil m²), além de novos ativos em Santa Catarina e Minas Gerais.