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Transporte Aquaviário

Paranaguá registra maior operação de fertilizantes em único navio

Aumento de calado operacional permite que embarcação traga mais de 78 mil toneladas do produto

28/03/2025 09h17

Foto: Claudio Neves - Portos do Paraná

O navio Red Marlin, com bandeira das Ilhas Marshall, estabeleceu um novo recorde de movimentação no Porto de Paranaguá. A embarcação, vinda da China, atracou na quarta-feira (26) para descarregar 78.054 toneladas de fertilizantes, superando a marca anterior registrada em 5 de novembro de 2024, quando o mesmo navio trouxe 76.696 toneladas do produto. As cargas serão destinadas para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Sana Catarina.

“Somos o principal canal de importação de fertilizantes do Brasil, representando mais de um quarto do recebimento nacional. Com o aumento de calado operacional, a elevação dos nossos números será cada vez mais comum”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O calado citado pelo diretor-presidente refere-se à distância entre a quilha da embarcação (ponto mais profundo) e a superfície da água. No final do ano passado, diversos berços do Porto de Paranaguá passaram a contar com 30 centímetros a mais de profundidade, permitindo a atracação de navios maiores e mais pesados. As dragagens realizadas pela Portos do Paraná garantiram um calado de 13,1 metros, conforme a Portaria nº 306/2024 da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina – Edição 2024.

Para o dia 18 de abril está previsto outro navio com um volume semelhante de fertilizantes, que utilizará o calado de 13,1 metros. O navio Tai Knighthood deverá descarregar 78.325 toneladas de fertilizantes.

Derrocagem

O aumento de calado só foi possível devido à obra de derrocagem, concluída em novembro do ano passado, que removeu a ponta de um maciço rochoso submerso na área de manobra do Porto de Paranaguá, conhecido como Pedra da Palangana. Esse obstáculo, considerado um risco à navegação, limitava a capacidade e o tráfego de navios na entrada da baía.

Ao todo, foram removidos aproximadamente 20 mil m³ de rocha, o que representa apenas 10% da formação rochosa, estimada em mais de 200 mil m³. A obra foi realizada em conformidade com as diretrizes do licenciamento ambiental federal nº 1144/2016, emitido pelo Ibama.