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Gestão Pública

Passa de 700 o número de abrigos temporários no Rio Grande do Sul

Segundo as informações oficiais, há mais de 81 mil acolhidas nestes locais

13/05/2024 08h21

Foto: Divulgação

O Rio Grande do Sul contabiliza mais de 700 abrigos temporários, montados em decorrência das fortes chuvas, inundações e enxurradas que atingem o estado desde o fim de abril.

O levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do estado foi feito com base em informações das secretarias municipais de Assistência Social. Segundo as informações oficiais, há mais de 81 mil pessoas em abrigos no RS. O número de cidades afetadas chega a 446 dos 497 municípios gaúchos.

O número de abrigos e de desabrigados ainda pode flutuar, explicou o secretário de Desenvolvimento Social do RS, Beto Fantinel, à medida que algumas pessoas voltam para suas casas ou as deixam, conforme a passagem das águas. “Os abrigos funcionam conforme a demanda dos atingidos, que varia de forma constante”, explicou.

Estão sendo levantadas as condições de infraestrutura e as demandas de materiais de cada abrigo. Participam do levantamento também o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; o Ministério da Saúde; a Defesa Civil nacional; a Defesa Civil do RS; e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“O objetivo desse levantamento é identificar onde estão os abrigos, identificar as características básicas de sua infraestrutura, características básicas do perfil das pessoas desabrigadas e suas necessidades”, disse o secretário-adjunto da Sedes, Gustavo Saldanha.  

Segundo ele, com os números, o governo gaúcho “vai ter condições de fazer demandas mais específicas para o Ministério do Desenvolvimento Social, assim como auxiliar parceiros a disponibilizar recursos e doações para as características reais dos abrigos e das pessoas abrigadas”.

Entre as prioridades está a identificação das condições de acesso a água potável e a necessidade de medicamentos, itens de cozinha para o preparo de alimentos, cobertores e materiais de limpeza e higiene.

Numa primeira amostra, com dados de 96 abrigos, o governo estadual constatou que 47,92% desses locais possuem gestantes ou puérperas; 47,17% abrigam população indígena ou quilombola; e 43,75% possuem migrantes.

Dessa amostra de abrigos, 91,67% informaram que possuem banheiros funcionais em quantidade suficiente para abrigos emergenciais (1 para cada 25 pessoas); 78,12% informaram que possuem espaços específico para lazer e convivência de crianças e adolescentes; 62,5% possuem cozinha e produção de alimentação no local (as demais recebem marmitas prontas).

Em meio à insegurança que tem assolado alguns abrigos, 58,33% da amostra já pesquisada disseram possuir equipes de segurança; 85,42% possuem equipes de saúde; e 83,33% possuem equipes de atendimento psicossocial atuando no local.

Até a última sexta-feira (9), somente via órgãos federais foram encaminhadas quase 2 mil toneladas de doações aos desabrigados do RS, sem contar as doações enviadas por pessoas físicas e empresas.

Fonte: Agência Brasil