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Transporte Aquaviário

Porto de Fortaleza atinge vários recordes em 2020

O indicador Ebitda registrou crescimento de 254,35% (R$ 3,3 para R$ 11,8 milhões)

20/01/2021 09h47

Foto: CDC - Divulgação

O ano de 2020 foi marcado por vários recordes no Porto de Fortaleza, importante equipamento do modal marítimo localizado no bairro Mucuripe. Comparado ao mesmo período de 2019, no topo do crescimento está o indicador Ebitda com 254,35% (R$ 3,3 para R$ 11,8 milhões), que mostra o potencial de geração de caixa da Companhia Docas do Ceará - CDC para futuros investimentos. Na sequência, aparecem as receitas com 13,49% (R$ 56,3 milhões para R$ 64 milhões) e a movimentação de cargas com 12% (4,4 para 4,9 milhões de toneladas).

As atracações no Porto de Fortaleza também apresentaram crescimento, da ordem de 9,5%, em relação ao ano anterior. Entre janeiro e dezembro de 2020 atracaram 1.157 navios. Os granéis sólidos (cereais e não cereais) responderam por 46,6% de toda a movimentação, seguido pelos granéis líquidos (petróleo e derivados) com 45,3% e carga geral com 8,1%. Respectivamente, foram 2.285.614 toneladas de granéis sólidos, 2.219.815 toneladas de granéis líquidos e 389.501 toneladas de carga geral.

No tocante aos granéis sólidos cereais (trigo), a importação do grão pelos moinhos M. Dias Branco, Grande Moinho Cearense e J. Macêdo foi 9,9% maior se comparado ao ano de 2019, totalizando 1,2 milhão de toneladas por meio de 53 navios e alcançando uma prancha média diária de 8.213,112 toneladas. A carga veio, principalmente, da Argentina, Estados Unidos e Canadá, cujo montante deve ser novamente ultrapassado em 2021, segundo a administração do Terminais de Grãos de Fortaleza Ltda. (Tergran), arrendatario no Porto de Fortaleza.

Somente o trigo movimentado respondeu, nos últimos cinco anos, pela importação de 5,8 milhões de toneladas. Em relação aos granéis sólidos não cereais, o destaque em 2020 foi para a movimentação de clínquer, escória, produtos siderúrgicos, produtos químicos, manganês, minério de ferro, sucata, carvão mineral e gesso. Entre os destinos dessas cargas: Estados Unidos, Espanha, China e Manaus.

Os graneis sólidos (cereais e não cereais) tiveram um crescimento de 28,7% ao longo dos 12 meses do ano passado em relação ao ano de 2019, representando o maior crescimento de carga do Porto de Fortaleza em 2020. As frutas foram outro tipo de carga embarcada pelo porto no ano de 2020, tendo entre os destinos os portos de Algeciras e Vigo, na Espanha; Thames, na Grã-Bretanha; Dunkirk e Le Havre, na França; e Rotterdam, na Holanda. As frutas embarcadas, predominantemente, foram melão, banana, uva, abacaxi, limão, manga, maçã e melancia por meio de contêineres reffers (refrigerados). Também foram exportadas lagosta congelada, frutas congeladas, nozes, plásticos e granito, entre outros tipos de carga geral, totalizando 44.377 TEUs movimentados nos 12 meses do ano passado.

Ao avaliar o desempenho do Porto de Fortaleza, a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, engenheira Mayhara Chaves, reforçou que a administração vem trabalhando para consolidar a movimentação dos granéis sólidos (cereais e não cereais) e granéis líquidos (combustível) com excelência. Quanto aos planos para o ano de 2021, Mayhara elenca a atualização do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do porto; a implantação de programas de Modernização da Gestão Portuária; a automação de processos para a melhoria na qualidade de atendimento; o monitoramento ambiental da Biota Aquática, dos Recursos Hídricos e Sedimentos; e o fomento da parceria com a iniciativa privada para atrair novos investimentos para as áreas não operacionais do porto.

“Estamos atuando para que a Companhia Docas do Ceará seja cada vez mais competitiva em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico. Nossa vocação é conectar o Ceará com o Brasil e o mundo e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do estado e da capital cearense de forma sustentável, onde estamos inseridos”, diz Mayara Chaves.

Com resultado bastante expressivo como no Ebitda, o diretor de Administração e Finanças da CDC, Humberto Castelo Branco, pontou que, “no que pese a crise econômica mundial, agravada pelos efeitos da pandemia, as ações como a reestruturação organizacional, o efetivo programa de redução de despesas e o incremento das receitas, adotadas pela diretoria da Companhia docas do Ceará ao final de 2019 e ao longo de 2020, permitiram, de forma efetiva, o sucesso obtido nos resultados financeiros e na considerável melhoria dos nossos indicadores econômicos”. Humberto também disse que “estamos preparados, técnica e financeiramente, para os desafios de 2021, ano em que os reflexos das ações implantadas até o momento e aquelas a serem efetivadas robustecem nossa expectativa que será, também, um ano de sucesso para nossa companhia.”