08/11/2020 10h22
Foto: Portos do Paraná - Claúdio Neves
A empresa pública Portos do Paraná já contratou o projeto básico para a modernização e remodelação do Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá. A obra aumentará a capacidade operacional do complexo em 100%.
Segundo Luiz Fernando Garcia, diretor presidente da empresa pública, o objetivo é dar condições para o complexo atenda a demanda com excelência para os próximos 50 anos.
“Considerando a potência dos shiploaders (equipamentos carregadores) e a demanda de mercado, vamos investir já neste projeto para chegar ao volume de até 18 mil toneladas por hora, ou seja, 6 mil toneladas/hora em cada berço de atracação”, afirma.
Projeto
O projeto básico para as obras de repotenciamento do complexo será a base para o projeto executivo e também das obras que dobrarão a capacidade de embarque de grãos e farelo pelos três berços exclusivos do Corredor (212, 213 e 214). O objetivo é elevar a produtividade para reduzir o tempo de operação, aumentar a rotatividade das embarcações e diminuir o custo de toda a cadeia.
A proposta é desenvolver um novo sistema com a instalação de novas correias transportadoras e a aquisição de novos equipamentos eletromecânicos. As novas correias serão enclausuradas – protegidas de modo a evitar perdas na carga, sujeira da cidade e prejuízo à qualidade do ar e ao meio ambiente como um todo em função do pó. No mesmo projeto estão previstas todas as obras necessárias para que o Corredor de Exportação opere em plena capacidade.
Corredor
O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá é formado por nove terminais privados: Cargill, AGTL, Interalli, Centro Sul, Coamo, Louis Dreyfus, Cotriguaçu, Cimbesul e Rocha - com capacidade global de 1,025 milhão de toneladas.
Além dos terminais públicos: um silo vertical, com capacidade estática de cem mil toneladas, e quatro silo horizontal, com capacidade total de 60 mil toneladas.
O modelo paranaense para embarque de granéis de exportação é único no Brasil. A carga pode ser embarcada simultaneamente nos três berços de atracação exclusivos para granéis e é possível que um mesmo navio receba mercadoria de diferentes produtores, em sistema de “pool”.
As estruturas de armazenagem são interligadas por correias transportadoras. As linhas levam os produtos até os porões dos navios, que são carregados por seis equipamentos (shiploaders) que operam em três berços preferencias (212, 213 e 214).