07/10/2023 09h41
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Um levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que o preço médio do litro da gasolina recuou pela 6ª semana seguida nos postos de combustíveis do país. Segundo a agência, a pesquisa é referente a semana entre 1º e 7 de outubro. As informações são do G1.
Conforme os dados do órgão, a gasolina foi comercializado, em média, a R$ 5,77. Com isso, o recuo foi de 0,52% frente aos R$ 5,80 da semana anterior, segundo a ANP. Já o preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,62.
Houve recuo também no preço médio do etanol. De acordo com a ANP, o valor caiu para R$ 3,62 na última semana. A queda foi de 0,55% em relação aos R$ 3,64 da semana anterior. Por sua vez, o preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 6,60.
Já o litro do diesel foi comercializado, em média, a R$ 6,07, representando um recuo de 0,49% frente aos R$ 6,10 da semana anterior. O valor mais caro encontrado pela agência foi de R$ 7,96.
Gasolina é mais cara no Brasil do que no exterior
Desde a quarta-feira, 4, o preço da gasolina no Brasil passou a ser maior do que o praticado no mercado internacional, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Já o diesel está 6% em média mais barato internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros.
Segundo a Abicom, a Petrobras teria que fazer um aumento de R$ 0,38 no valor do litro do diesel para atingir a paridade com o preço internacional.
A estatal, porém, abandonou em maio a política de paridade com a importação (PPI), e atualmente trabalha com uma fórmula que permite ir até a um preço limite para a companhia e a alternativa do cliente.
Levando em conta as refinarias privadas, a alta média do diesel seria de R$ 0,26 por litro, já que a unidade que mais impacta o mercado, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, segunda maior do País, pratica reajustes semanais para se aproximar da PPI.
A Acelen, controladora de Mataripe, registrava na quinta-feira, 5, defasagem positiva para o diesel de 8% e de 6% para a gasolina, enquanto nas unidades da Petrobras, agente dominante do mercado, o diesel chega a estar 10% mais barato do que no Golfo.
Já a gasolina está R$ 0,01 o litro mais cara no Brasil do que no exterior, no caso das refinarias da Petrobras, e R$ 0,04 o litro nas refinarias privadas.
A Petrobras não reajusta o preço desses combustíveis há 52 dias, depois de uma elevação de 16,2% para a gasolina e de 25,8% para o diesel no dia 16 de agosto.
O último reajuste da estatal foi do querosene de aviação, que obedece contratos mensais, da ordem de 5,3%. na terça-feira, 3.
Apesar da alta dos combustíveis e do petróleo no mercado internacional nas últimas semanas, em parte causada pela expectativa da suspensão das exportações russas dos produtos, a commodity voltou a ceder esta semana.
Em menos de 10 dias, o petróleo Brent saiu de US$ 96,55 no dia 27 de setembro para US$ 83,97 o barril para os contratos de dezembro no pregão de sexta-feira (6).
Fonte: Estadão Conteúdo