21/06/2020 13h49
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O secretário da Fazenda de Salvador, Paulo Souto, disse que a Prefeitura de Salvador registrou uma queda brutal de arrecadação em função da pandemia do novo coronavírus. Segundo o gestor, não fosse a poupança acumulada e os aportes do Governo Federal, a situação estaria extremamente grave. Sem essas receitas, ele afirma que a queda de receita chega a um patamar de 7,4%.
"Do ponto de vista financeiro, nós não nos preparamos para a Covid-19. Ninguém poderia antecipar. Mas a gestão fiscal da prefeitura permite que nós estejamos aptos até um certo horizonte a enfrentar os efeitos financeiros da doença", ressaltou Paulo Souto.
Segundo ele, as receitas próprias da prefeitura, que reúnem todos os impostos e taxas, em dois meses, em relação ao ano passado, perderam 150 milhões de reais. "Vamos começar a ter a cada mês déficits entre receita e despesa, que vamos ter que cobrir com os aportes do governo federal e a poupança", salientou.
Souto afirmou que os gastos com receitas não essenciais estão contingenciados. "A não ser que aconteça algo muito pior, que nós não acreditamos, vamos conseguir levar a prefeitura com normalidade". Ele também nega perspectiva de atraso de salário de servidores, além de atrasos de terceirizados e fornecedores da Prefeitura. "Entendemos, somos sensíveis, essas coisas estão dentro do nosso radar".