23/08/2022 08h47
Foto: Divulgação
Diante do boom do e-commerce no Brasil, a Shippify, empresa de inteligência logística baseada em tecnologia, criou um plano de expansão dos próprios galpões, que envolve cidades estratégicas espalhadas por todo o país. Hoje a empresa tem pontos de distribuição nas principais cidades do Sudeste, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte e São Paulo, e do Nordeste, como Recife e Salvador, entre outras.
Esses locais recebem e fazem a distribuição inteligente das mercadorias. A proposta é avaliar cada uma dessas localidades e identificar outros municípios-chave para instalação de estruturas de distribuição estratégicas, que agilizam a operação.
O modelo é semelhante ao adotado em Minas Gerais, berço da operação da multinacional no Brasil. A empresa concentra suas atividades no Galpão de Contagem, na Grande Belo Horizonte. A partir dali, há uma integração com galpões estruturados em cidades como Uberlândia, Divinópolis e Juiz de Fora.
De acordo com o head de Operações da Shippify, Júlio Bonifácio, o modelo de trabalho está alinhado com a estratégia da empresa de não armazenar produtos – e sim ter os galpões funcionando como hubs.
“Isso faz com que a gente consiga atender a uma demanda alta em um tempo mais curto, já que os hubs são localizados em regiões estratégicas que facilitam a logística da última milha. A exemplo do que acontece em Minas Gerais, a descentralização é importante para que a gente alcance cada vez mais regiões no Brasil. Hoje atendemos mais de 250 cidades no País e estamos sempre avaliando a necessidade de implantação de um novo hub”, disse Júlio Bonifácio, head de Operações da Shippify.
A expansão da estrutura física da empresa não é uma matemática tão simples. A avaliação sobre a necessidade de ampliação acontece no dia a dia e, portanto, não existe um cronograma efetivo de ações. As datas atrativas para o comércio, como a Black Friday e o Natal, servem de termômetro para a empresa avaliar o comportamento de cada região.
O country manager da empresa, Lucas Grossi, explica que a Shippify não tem um cronograma que aponta quais cidades terão um novo hub ou quanto será investido nisso. Em cada caso, será preciso analisar a peculiaridade da região, 24 horas por dia.
“Quando identificamos algum aumento exponencial na operação em uma determinada área, concentramos nossos esforços ali. Foi assim que aconteceu com o Galpão de Contagem, que precisou passar por uma ampla modernização para atender bem a demanda. Mas entendemos que a descentralização da nossa estrutura para cidades médias, dentro da nossa área de atuação, é um caminho irreversível”, ressalta Lucas Grossi, country manager da empresa.
E todo esse processo de expansão tem ainda uma ligação com a criação de empregos diretos e indiretos. “O crescimento da operação em mais cidades consequentemente gera empregos, seja para os nossos hubs ou para nossos motoristas parceiros, que trabalham de acordo com a demanda”, destacou Bonifácio. “Vale lembrar que muitos deles têm nossa plataforma como única e principal fonte de renda.”