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Gestão

Suzano espera resultados ainda melhores no 2º trimestre

60% de sua produção de celulose é direcionada para o setor de tissues (papel higiênico, papel toalha, guardanapos etc)

02/06/2020 15h34

Foto: Divulgação

Enquanto o mercado aguarda por um 2º trimestre de resultados muito abaixo do esperado, por causa da crise do coronavírus, a Suzano olha com mais otimismo para o período, graças ao aumento na venda de celulose e à recente alta do dólar.

“Fizemos um primeiro trimestre muito bom, vamos fazer um segundo trimestre ainda melhor, em termos de resultado. O impacto para gente não tem sido grande”, diz Marcelo Bacci, CFO da empresa.

A empresa se aproveita do fato de 60% de sua produção de celulose ser direcionada para o setor de tissues (papel higiênico, papel toalha, guardanapos etc), cujo consumo disparou nas primeiras semanas da pandemia. Além disso, cerca de 70% da receita da companhia vem de exportações, uma vantagem em tempos de dólar acima de R$ 5.

“A celulose vinha num preço baixo desde meados do ano passado. A gente esperava uma recuperação de preços. Agora, ela fica adiada. Mas, como exportadores, a gente se beneficia do câmbio. A taxa de câmbio está 30% acima do que estava no começo do ano, então isso tem sido favorável para os nossos resultados”, diz Bacci.

O CFO da Suzano também comentou a estratégia de proteção cambial da empresa, uma forma de lidar com o fato de a companhia ter receitas em dólar, mas custos em reais, segundo Bacci.

“Não seria responsável da nossa parte ficar apostando que a empresa ficaria pior ou melhor, dependendo de onde for a moeda. Tenho que ter certeza que eu consigo pagar essa dívida se o dólar estiver 10 ou se o dólar estiver 2. Até porque a maior parte da dívida é com credores internacionais”, afirmou.