29/10/2020 13h32
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O volume de carga movimentado pelas ferrovias brasileiras passou de 253 milhões de toneladas em 1996 para 493,8 milhões de toneladas em 2019. Um aumento de 95,2% em 23 anos. Os trens brasileiros respondem, hoje, por 15% do volume de mercadorias transportadas no país, menos da metade dos 35% movimentados pelas americanas.
A crise provocada pelo novo coronavírus diminuiu a demanda ao longo do ano, mas não reduziu as projeções otimistas do Ministério da Infraestrutura. A estimativa é que com a antecipação de renovação das concessões o modal passe a movimentar, a partir de 2025, algo como 31% do volume de cargas.
Entre janeiro a setembro, no entanto, o setor ainda apresenta uma queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2019: 371,8 milhões de toneladas contra 357,6 milhões em 2020. A boa notícia é que já em maio e junho a curva de movimentação aproximou-se da tendência de curva ascendente de 2019.
Em agosto e, novamente, em setembro, a movimentação das concessionárias superaram os volumes registrados naqueles dois meses de 2019; na comparação com os dados de 2019, agosto obteve uma expansão de 2,61% e setembro, de 8,9%. “Com isso, acreditamos que as eventuais perdas provocadas pela pandemia e por outros fatores que impactaram o resultado do primeiro quadrimestre poderão ser compensadas ao término deste ano”, afirma Fernando Paes, presidente Associação Brasileira Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).
Durante a pandemia, depois de anos, diz Paes, foi retomado o transporte por trilhos de café para exportação, produto historicamente associado à origem das ferrovias no país. Pneus gigantes também foram incorporados nos últimos meses às carteiras das concessionárias associadas à ANTF”, acrescenta.
Fonte: Valor Econômico