07/05/2020 17h38
Foto: Divulgação
Em meio à a pandemia do novo coronavírus e a diminuição das atividades no aplicativo, a empresa Uber anunciou que vai cortar cerca de 3,7 mil funcionários da empresa e que o presidente executivo Dara Khosrowshahi renunciará ao seu salário base pelo restante do ano. As demissões representam aproximadamente 14% das vagas da empresa.
Khosrowshahi disse para investidores, em março, que a empresa projetava um cenário de queda de 80% no volume de viagens. A empresa disse ainda que as demissões incluem equipes de suporte e captação de clientes e que serão gastos cerca de US$ 20 milhões em custos de indenizações e encargos relacionados.
O presidente da empresa também renunciou a seu salário, para tentar estancar as baixas por conta da crise. Em 2019, Khosrowshahi ganhou cerca de US$ 1 milhão, embora a maior parte do valor esteja em bônus e de prêmios em ações da empresa.
Em um email enviado aos funcionários, Khosrowshahi afirma que os esforços de seus empregados foram fundamentais para a construção do Uber, mas que ajustes difíceis são necessários. "Estamos analisando muitos cenários e todos os custos, variáveis e fixos, em toda a empresa. Queremos ser inteligentes, agir rápido, reter o maior número possível de pessoas importantes e tratar a todos com dignidade, apoio e respeito", explicou no comunicado.
Segundo análise da corretora Wedbush Securities, o corte é necessário para a sobrevivência da empresa, que pode enfrentar ainda mais quedas nos serviços no pós-pandemia e nos protocolos de comportamento que serão adotados como "novo normal".