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Transporte Aéreo

Último Airbus BelugaXL entrou em operação

O sexto cargueiro completa a frota de “aviões-baleia” da Airbus, que são capazes de levar sete elefantes

10/06/2024 14h20

Foto: Divulgação

A Airbus Transport International anunciou nesta segunda-feira (10), que colocou em operação o sexto e último cargueiro BelugaXL, marcando o encerramento do programa, depois de dez anos.

As aeronaves transportam subconjuntos e componentes entre as quatro unidades do fabricante na Europa. Elas irão substituir o modelo antecessor, o A300-600ST, pelos próximos trinta anos, segundo o fabricante. Cada unidade tem capacidade de carga útil de 51 toneladas e alcance de até 2.200 milhas náuticas (4.074 km).

O BelugaXL é baseado na plataforma A330-200 e oferece 30% mais capacidade de carga do que o seu predecessor, o A300-600ST, conhecido apenas como Beluga. Esses seis aviões de carga, construídos em Toulouse, na França, transportam subconjuntos e componentes entre os locais de fabricação da Airbus na Europa.

Cada missão tem em média um tempo de carregamento de apenas 70 minutos, graças às instalações especialmente projetadas nas fábricas na França, Alemanha, Espanha e Reino Unido.

Ao olhar para trás, Bertrand George, que liderou o desenvolvimento do avião, consegue relembrar a emoção do primeiro voo. “O que era um caminhão pela manhã se transformou em uma aeronave à tarde. Você vê o resultado de milhares de pessoas e milhares de horas de trabalho decolar diante de seus olhos.”

A aeronave é tão longa quanto duas baleias azuis e tão alta quanto um edifício de escritórios de três andares. Sua capacidade de armazenamento é suficiente para engolir 26 carros pequenos, ou sete elefantes.

A previsão é que a frota de BelugaXL da ATI atinja 9.500 horas de voo anualmente até 2027, comparado às 6.500 horas de voo planejadas para 2024. Além disso, assim como seu predecessor, o BelugaXL pode operar com uma mistura de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF), ajudando a Airbus a atingir sua meta de aumentar gradualmente o uso de SAF em suas operações internas de voo.

A ATI espera operar o BelugaXL por trinta anos. A infraestrutura de produção do programa está sendo aos poucos desmontada e armazenada, caso BelugaXL adicionais sejam necessários no futuro.

“Nossa missão era reduzir pela metade o custo original de desenvolvimento do BXL e entregar a primeira aeronave, certificada como A330ceo normal, em cinco anos. Felizmente tivemos carta branca para explorar novas abordagens para que isso acontecesse. Essas experiências serão benéficas para programas futuros em todos os negócios da Airbus”, disse Bertrand George, líder do desenvolvimento do avião.