27/06/2021 06h28
Foto: Rosalia Surreal - Divulgação
#OrgulhoResiste
O movimento #OrgulhoResiste, lançado pela Ambev no mês do orgulho LGBTQIA+, está colorindo pontos emblemáticos de São Paulo neste final de semana. Um mural móvel, produzido com três mil latas de alumínio e pintado com as cores da bandeira que representam a comunidade, está na Praça do Ciclista, região da Avenida Paulista, e nas Praças Roosevelt e Ramos Azevedo, nos dias 27 e 28, ambas na região central da capital paulista.
Esses locais foram escolhidos por representarem espaços de resistência e ocupação da comunidade LGBTQIA+ na cidade. A Avenida Paulista, por exemplo, é marco da Parada LGBTQIA+ que, há 24 anos, reúne milhões de pessoas para celebrar a diversidade e pedir por mais respeito e empatia. O movimento #OrgulhoResiste.
Nas redes sociais, a cada história de orgulho e resistência compartilhada usando a #OrgulhoResiste, R$1 será doado para ONGs que trabalham com projetos de retificação de nome, educação, empregabilidade, acolhimento e combate à violência de pessoas LGBTQIAP+, como Casa 1, Poupatrans, Casa Neon Cunha, Todxs, Acolhe LGBT+ e All Out.
São Paulo Fashion Week
A 51ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), que exige 50% dos modelos participantes negros ou indígenas, mostra como os debates sobre raça propostos na década passada renderam frutos. Em 2009, por exemplo, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) intimou estilistas e organizadores sobre a escolha do casting do evento. Atualmente, além da cota racial, a semana de moda recebe o projeto Sankofa, coletivo de estilistas negros com oito marcas. O evento teve início no dia 23, segue até este domingo (27) e conta com a participação de 43 marcas.
O evento, em formato de festival, tem como tema “Regeneração”, conceito que envolve aspectos como protagonismo feminino, empreendedorismo, inclusão e tecnologia. A edição é 100% digital. A próxima edição está prevista para novembro.
Beleza Além das Fronteiras
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Movimento Virada Feminina e a Casa Venezuela, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM), lançaram o programa de inclusão socioeconômica Beleza Além das Fronteiras. Serão 200 mulheres venezuelanas e imigrantes de países vizinhos beneficiadas com a ação inicialmente.
A iniciativa tem o objetivo de investir na autonomia econômica dessas mulheres com a inserção no mercado da beleza e integração no Brasil. As candidatas participarão de curso de assistente de cabeleireiro, de preparação para inclusão no mercado de trabalho e de treinamento para entrevistas. Elas terão apoio também para abertura do registro como Microempreendedor Individual (MEI).
As mulheres participantes receberão um kit de prevenção contra a Covid-19 e um kit com equipamentos para a atividade profissional. Elas terão também acesso a informações sobre enfrentamento da violência contra a mulher, desenvolvimento de microempresas, informações financeiras, promoção da saúde da mulher e direitos trabalhistas.
Cestas básicas para instituições sociais
A Ação da Cidadania realiza, neste domingo (27), a distribuição de cestas básicas para instituições sociais da capital baiana. A ação integra a campanha Brasil Sem Fome e prevê a entrega de 30 toneladas de alimentos, 3 mil cestas básicas, 3,6 mil litros de água e 10,8 mil litros de suco de laranja.
Entre as instituições beneficiadas estão o Grupo de Apoio à Criança com Câncer, Obras Sociais Irmã Dulce, Cortejo Afro, Cantuois, Lar Vida, Asilo São Lázaro, Pérolas de Cristo e Grupo de Artistas, além de cidades do interior como Candeias, Ubaitaba, Catu, Santa Inês e Amargosa.
As pessoas interessadas em contribuir com a iniciativa podem entrar em contato pelo WhatasApp (71) 99135-9560 ou fazer uma doação através do Pix [email protected].
Empreendedorismo e Empregabilidade da Juventude Negra
A Fundação Instituto de Negócios e Afroempreendedorismo (Funafro) e o Núcleo de Aprendizagem Profissional e Assistência Social (Nurap) realizarão, em julho (dias 13, 14 e 15), o 1° Congresso Nacional de Empreendedorismo e Empregabilidade da Juventude Negra. O evento – destinado a afrodescendentes de 16 a 29 anos – será totalmente gratuito digital, com transmissão ao vivo pelo YouTube e pelo Facebook da instituição (Funafro).
Com a participação de referências do cenário jovem brasileiro e internacional, o objetivo do congresso é levar informações que ajudem a juventude negra do país a construir um futuro mais próspero. O evento será dividido em cinco painéis: primeiro emprego; empreendedorismo na juventude; a importância da formação educacional; tecnologias e inovação; oportunidades de carreiras e debate.
As inscrições são gratuitas e podem feitas pelo https://www.sympla.com.br/i-congresso-nacional-de-empreendedorismo-e-empregabilidade-da-juventude-negra--online__1218021 onde também é possível conferir a programação completa.
Orgulho, sim senhor
À véspera das comemorações do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, Salvador contará com uma programação especial para marcar a data. O
projeto “Orgulho, sim senhor”, promovido pelo site Dois Terços, será realizado neste domingo (27), das 15h às 17h, direto do palco do
Teatro Gamboa, com transmissão ao vivo pelo canal do veículo no YouTube (2).
A programação contempla debates, shows e homenagens, e fortalece a importância da arte como um instrumento de resistência contra a LGBTfobia.
Apresentado em formato de talk-show, o projeto será comandado por Genilson Coutinho, ativista e editor-chefe do site Dois Terços, com foco na informação, na luta contra a invisibilidade e celebração do orgulho da comunidade LGBTQIA+.
Violência contra crianças e adolescentes
O número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes registradas em 2021 passa de 2 mil na Bahia. De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), são exatamente 2.392 ocorrências registradas pelo Disque 100, que acusaram 9.022 tipos de violação, até o dia 21 de junho.
A Bahia é o quarto estado do Brasil que mais recebeu denúncias desse tipo, atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente. Em todo o país, foram 149.724 acusações. A maioria das vítimas baianas é mulher (52,9%), de cor parda (32,9%), com idade entre 12 e 14 anos (20,19%) e renda de até três salários mínimos (46,7%).
Além de serem as principais agredidas, as mulheres também são as principais agressoras: 46,54% dos suspeitos das denúncias é do sexo feminino, contra 44,86% do sexo masculino. No geral, a agressão vem de casa, o que caracteriza a violência doméstica, e, no caso da Bahia, a mãe é quem mais violenta os filhos – 34,1% das denúncias. Os pais são quase a metade desse número: somam 18,1% dos suspeitos.