10/08/2022 15h40
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Em junho, as vendas do varejo brasileiro caíram no comparativo com maio (-1,4%), na média móvel trimestral (-0,4%) e no comparativo com mesmo mês do ano passado (-0,3%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10), pelo IBGE. No acumulado do ano, o primeiro semestre terminou com alta de 1,4% frente ao mesmo período de 2021. No intervalo de 12 meses terminados em junho, porém, ainda existe retração de 0,9%.
Já no varejo ampliado, que inclui veículos/peças e materiais de constração, houve quedas no comparativo maio/junho (-2,3%), no trimestre móvel (-1%) e no dado interanual (-0,3%). O acumulado de 2022 é positivo apenas em 0,3%, revertendo para a queda no intervalo de 12 meses (-0,8%).
A inflação é um dos fatores para estes recuos. No comércio varejista simples, a receita subiu em todos os indicadores. A alta mensal em junho ficou em 0,2%, enquanto o comparativo interanual (mesmo mês do ano passado) aponta para uma alta de 17,1%.
Varejo baiano
As vendas do varejo baiano registraram o segundo pior desempenho no primeiro semestre deste ano, conforme revelou o IBGE nesta quarta-feira (10). A retração acumulada alcançou 4% em relação aos primeiros seis meses de 2021, que ainda enfrentavam fechamento de atividades por causa da pandemia de covid-19. Apenas o estado vizinho de Pernambuco teve queda maior no período (5%).
No Brasil como um todo, o varejo acumula aumento de 1,4% nas vendas, nos seis primeiros meses de 2022, com 18 das 27 unidades da federação apresentando alta. A expansão é liderada por Roraima (11,8%), Espírito Santo (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,5%).
Em junho de 2022, as vendas do comércio varejista voltaram a cair no estado quando o volume é comparado com o mês anterior (-1,6%). Na série com ajuste sazonal, o setor recuou 5,3% ante o resultado do mesmo mês do ano passado. No comparativo mensal, o desempenho baiano foi o 13º pior entre as 27 unidades da Federação.
A maior retração e o maior impacto negativo no resultado do semestre vieram do segmento de móveis e eletrodomésticos (-29,1%), que soma resultados negativos seguidos há 12 meses. As vendas neste grupo também tiveram a maior queda do comércio baiano na comparação entre junho22/junho21 (-29,5%).
O segundo principal impacto negativo no semestre veio dos combustíveis e lubrificantes (-11,5%). O segmento cai seguidamente há 11 meses e também teve resultado negativo na comparação entre junho22/junho21 (-17,9%).