12/03/2021 10h42
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As vendas do comércio varejista caíram 0,2% em janeiro na comparação com dezembro, quando a queda foi de 6,2% - maior tombo para um mês de dezembro de toda a série histórica, iniciada em 2000.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação a janeiro do ano passado, o varejo registrou queda de 0,3%, primeira taxa negativa após sete meses consecutivos de taxas positivas. O indicador acumulado nos últimos 12 meses ficou em 1%, próximo ao de dezembro (1,2%).
Cristiano dos Santos, gerente da pesquisa, vê um cenário de estabilidade nos dados de janeiro, apesar de a maioria das atividades que compõem o indicador terem apresentado queda.
Em janeiro, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas: Livros, jornais, revistas e papelaria (-26,5%), Tecidos, vestuário e calçados (-8,2%), Móveis e eletrodomésticos (-5,9%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,1%).
Segundo Santos, a queda na atividade dos supermercados pode ter influência da retirada do Auxílio Emergencial e do aumento da inflação dos alimentos.
Por outro lado, houve altas nos setores de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%).
Comércio varejista ampliado
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,9% em relação a janeiro de 2021, com maior contribuição de Veículos, motos, partes e peças, que caíram 15,3% frente a janeiro de 2020, após dois meses consecutivos de valores positivos.
O acumulado dos últimos 12 meses teve nove resultados negativos consecutivos, e o de janeiro de 2021 (-15,6%) foi o mais intenso.
Fonte: G1