15/10/2020 07h09
Foto: Divulgação
O Aeroporto de Viracopos (SP) encerrou setembro com recorde na quantidade mensal de cargas domésticas movimentadas, o que contribuiu para o terminal alcançar o melhor resultado geral de operações para um período de 30 dias desde 2013, ano em que teve início a administração integral pela iniciativa privada. Em meio aos reflexos da pandemia, a estrutura em Campinas (SP) também teve alta no fluxo de passageiros pelo quinto mês seguido, embora o acumulado seja inferior ao do anterior.
O relatório da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos indica que 23,8 mil toneladas de cargas passaram pelo terminal, das quais 6,6 mil são domésticas - recebidas ou enviadas a outros terminais do Brasil; 16,7 mil são internacionais; e 549 são classificadas como courier - remessas internacionais de documentos ou encomendas transportadas ou liberadas sob regime aduaneiro específico.
Antes de setembro, o maior volume de cargas domésticas foi contabilizado em junho, quando o total chegou a 5,9 mil toneladas. Já o melhor saldo geral de operações, incluindo todas as modalidades, havia sido em agosto de 2018, quando o resultado foi de 22,9 mil toneladas de itens movimentados.
Comparativos e importância
Considerando apenas cargas domésticas e internacionais, o fluxo de cargas desde janeiro equivale a 174,1 mil toneladas, enquanto que no ano passado era de 160,4 mil toneladas. A diferença corresponde a 8,56% e o terminal é responsável por quase 70% do faturamento registrado por Viracopos.
A concessionária, entretanto, não revela detalhes sobre valores com a justificativa de preservar "questões estratégicas". Atualmente, o aeroporto de Campinas é o maior em carga importada no país.
Entre os fatores que influenciaram o resultado positivo, segundo a assessoria da Aeroportos Brasil, estão o "reaquecimento da economia" e a importância do aeroporto dentro da infraestrutura nacional para movimentação de cargas. Além disso, a alta do dólar impulsionar operações com exportações, enquanto importações seguiram estáveis - com destaque para produtos como testes para Covid-19.
O governo federal prevê realizar novo leilão do aeroporto no 3º trimestre de 2021, ou seja, entre julho e setembro. O processo promete solucionar a crise do terminal que soma R$ 2,88 bilhões em dívidas.
Fluxo de passageiros
No mês de setembro, o aeroporto teve crescimento no fluxo de viajantes pelo quinto mês consecutivo. Em meio aos reflexos da pandemia do novo coronavírus, porém, o total de 564,7 mil viajantes é o pior resultado para o mês desde que o terminal é administrado integralmente pela administração privada.
O levantamento da Aeroportos Brasil diz que 4,46 milhões passaram pela estrutura em Campinas durante nove meses - diminuição de 3,45 milhões em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, o que equivale a uma redução de 43,6%.
Diante da crise gerada pela pandemia, por outro lado, este é o quarto melhor fluxo de viajantes no ano e a concessionária fala em "continuidade gradual da retomada". O pior saldo desde 2013 foi em abril.
Antes da pandemia, o terminal registrou uma série marcada por altas consecutivas entre julho de 2018 até fevereiro de 2020, comparando-se cada mês com o mesmo período do ano anterior.
Ações na pandemia
Em nota, a Aeroportos Brasil Viracopos destacou que adotou uma série de ações para minimizar a propagação do novo coronavírus diante do cenário de retomada de voos pelas companhias aéreas. Ela inclui instalação de uma câmera térmica de medição de temperatura, ampliação do processo de desinfecção das estruturas, colocações de pelo menos 130 suportes de álcool em gel nos terminais, estacionamentos e áreas administrativas, além de remodelação das sinalizações.
Fonte: G1