03/07/2025 08h47
Foto: VLI - Divulgação
A VLI, companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais, inaugurou uma nova modalidade de serviços ferroviários na qual oferece toda sua expertise para a execução de operações mais eficientes de descarga de vagões dentro dos complexos industriais de seus clientes. A primeira experiência com este novo modelo de negócio teve início neste mês de maio, com a companhia assumindo a operacionalização do descarregamento dos fluxos de rocha fosfática e enxofre dentro da planta industrial da Mosaic, uma das maiores produtoras globais de fertilizantes, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. E logo no primeiro mês de implementação, foram registrados incrementos de performance de 10% em relação aos resultados operacionais verificados para estas commodities em relação aos meses anteriores.
A VLI já realizava as movimentações de ambas as cargas para a Mosaic por meio da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) sem, no entanto, executar as operações de descarregamento. Para a rocha fosfática, a companhia vinha executando somente o transporte entre duas plantas industriais deste cliente entre Catalão (GO) e Uberaba (MG). Já para enxofre, o serviço se restringia até então ao fluxo desde o Terminal Integrador Luiz Antônio Mesquita (Tiplam), na Baixada Santista, também com destino ao complexo instalado na cidade do Triângulo Mineiro. Agora, além destes transportes, a VLI incluiu às suas entregas os serviços de recebimento, manobra e abertura dos vagões, a limpeza das correias transportadoras dos produtos e a manutenção das vias permanentes instaladas nas dependências industriais da Mosaic, que os vinha executando "in-house". Para assumir o novo escopo, alinhado ao foco estratégico da Mosaic em inovação logística e no fortalecimento de seu core business, a VLI realizou a contratação de 89 profissionais.
Ao disponibilizar sua expertise para este tipo de operações, a VLI não apenas alivia a demanda operacional do cliente, como também aumenta sua participação no mercado de fertilizantes. "Esta operação mostra uma VLI capaz de coordenar a cadeia logística dos nossos clientes de ponta a ponta. A cocriação de soluções como esta é um dos focos da companhia, com ganhos mútuos. Por um lado, os clientes podem se dedicar integralmente ao seu core, sem que precisem se ocupar de nenhuma etapa do transporte. Por parte da VLI, os ganhos vêm em forma de maximização do ciclo de vagões e locomotivas, bem como de receita complementar para a companhia, com a oferta de novos serviços", afirma Carolina Hernandez, diretora-executiva Comercial da VLI.
O Brasil é um importante consumidor global de fertilizantes, sendo o quarto maior do mundo. O país importa grande parte dos fertilizantes que utiliza, mas tem aumentado sua produção interna buscando reduzir essa dependência. Por isso mesmo, oferece grandes oportunidades de otimização e ganho de escala que a ferrovia pode oferecer. Atualmente, 85% desse fluxo logístico ainda é feito por via rodoviária. "Prova deste potencial são os ganhos operacionais que proporcionamos à Mosaic logo no primeiro mês da implantação destes novos serviços e nosso horizonte é que possamos captar volumes que podem chegar a 17% ainda em 2025", complementa Carolina.
A VLI é a principal empresa atuante no transporte ferroviário de insumos para fertilizantes no Brasil, movimentando cerca de 10 milhões de toneladas anualmente. A companhia tem um papel fundamental nos fluxos de insumos importados, desde os terminais portuários localizados nos Corredores Leste, Norte e Sudeste até os clientes que os beneficiam para entrega ao produtor rural.
Corredor Sudeste da FCA
O corredor Sudeste da Ferrovia Centro-Atlântica é um sistema logístico de alta eficiência, que atende fluxos de importação e de exportação por meio do Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita, o Tiplam. Sua área de cobertura abrange estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, movimentando açúcar, grãos e fertilizantes, majoritariamente.
A estrutura do corredor também inclui dois terminais integradores, em Uberaba (MG) e Guará (SP), onde é feito o transbordo da carga para o sistema ferroviário. Além da alta eficiência ofertada aos clientes, o Tiplam também gera impactos positivos na região da Baixada Santista, uma vez que todos os seus fluxos de exportação são feitos por ferrovia, contribuindo para o trânsito e o ambiente da região, uma vez que o modal ferroviário é até nove vezes menos intensivo que o rodoviário na emissão de CO2 na atmosfera.