24/03/2025 07h28
Foto: Suframa - Divulgação
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) lançou o selo “ZFM+ESG”. A medida tem caráter voluntário e visa incentivar as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) a adotarem, ampliarem e comunicarem práticas alinhadas aos pilares ambiental, social e de governança (ESG). O selo não se configura como uma certificação, mas como um reconhecimento simbólico do compromisso das organizações com o desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa foi apresentada durante a segunda edição do Fórum ESG Amazônia, realizado em Manaus, que contou a participação do senador Eduardo Braga.
De acordo com Luiz Frederico, superintendente executivo da Suframa, a criação do selo representa um avanço na consolidação da Zona Franca como um modelo de industrialização comprometido com a conservação ambiental e a inclusão social. “Estamos estimulando que as empresas se aperfeiçoem, que implementem melhorias em suas práticas ambientais, sociais e de governança. A Zona Franca permitiu preservar mais de 95% da floresta em pé no estado do Amazonas. Agora, queremos fortalecer esse modelo com ações ainda mais alinhadas à sustentabilidade”, explicou.
Para o presidente do Conselho Superior do CIEAM, Luiz Augusto Rocha, discutir ESG na Zona Franca é uma agenda prioritária para o futuro da humanidade. “É preciso o envolvimento de todos que acreditam nessas práticas. É preciso o comprometimento coletivo. E a Amazônia é o melhor lugar para tratarmos do tema, pois são 58 anos de Zona Franca e 45 anos do Centro da Indústria”, afirmou o executivo.
Segundo o presidente executivo do Cieam, Lúcio Flávio Moraes de Oliveira, essa articulação é essencial para que a Zona Franca de Manaus chegue com força e credibilidade à COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. “Precisamos fortalecer as práticas ESG na Zona Franca de Manaus para que possamos demonstrar ao Brasil e ao mundo o impacto positivo do nosso modelo industrial na preservação da floresta amazônica. A COP30 será uma oportunidade única para mostrarmos que as empresas do Polo Industrial de Manaus já estão alinhadas com uma economia sustentável, promovendo inovação e desenvolvimento sem comprometer o meio ambiente”, afirmou.
Para Oliveira, a participação ativa do setor na conferência garantirá que a Zona Franca seja reconhecida como um dos maiores cases globais de sustentabilidade industrial, reforçando seu papel na transição para uma economia verde e na preservação da biodiversidade amazônica.