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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, anunciou que os Estados Unidos decidiram reabrir o mercado para a carne bovina in natura produzida pelo Brasil.

“Recebemos com muita satisfação uma notícia esperada há algum tempo: a reabertura do mercado de carne bovina in natura do Brasil para os Estados Unidos. É uma ótima notícia porque isso traz o reconhecimento da qualidade da carne brasileira por um mercado tão importante como o americano”, disse.

Segundo o Ministério da Agricultura, os frigoríficos brasileiros poderão enviar o produto derivado de animais abatidos já a partir da última 6ª feira (21.fev).

“No comunicado encaminhado ao Mapa, o FSIS [sigla em inglês para a agência norte-americana de inspeção e segurança alimentar] disse que o Brasil corrigiu os problemas sistêmicos que levaram à suspensão e está restabelecendo a elegibilidade das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos. Além disso, o FSIS encerrará os casos pendentes de violação de pontos de entrada associado à suspensão de 2017″, informou.

Antes da primeira remessa, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do ministério - Dipoa deve enviar uma lista atualizada de estabelecimentos certificados.

As compras de cortes bovinos do Brasil foram suspensas pelos Estados Unidos em 22 de junho de 2017, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa, o que não é permitido. Na época, o governo do país afirmou que a suspensão era para “proteger os consumidores norte-americanos”.

O mercado norte-americano é considerado um “selo de qualidade” para a carne. Isso significa que, ao atender aos requisitos dos Estados Unidos, o produto consegue uma entrada mais fácil em outros países.

Em março de 2019, durante visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, o governo brasileiro estabeleceu diálogo negociando a reabertura. Em junho, uma missão veterinária dos Estados Unidos esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos. No entanto, em 4 de novembro, os norte-americanos decidiram manter o veto à carne bovina in natura brasileira. A missão dos EUA retornou em janeiro deste ano ao Brasil e fez nova avaliação.

Fonte: Poder 360